O
folclore brasileiro
é rico
em personagens
mágicos.
Esses seres
que habitam
o mundo dos
mitos e lendas
geralmente estão
associados à
natureza. Algumas
dessas histórias
chegaram aqui
com os povos
que colonizaram
nossas terras,
como os portugueses.
Outras nasceram
com os índios,
súditos
por excelência
da mãe
natureza. Há
aquelas que
são contadas
há décadas
e mais décadas
sem que ninguém
saiba ao certo
como surgiram.
Surgiram da
necessidade
que os povos
tinham de explicar
e justificar
fatos e acontecimentos.
Com características
fantasiosas,
impressionantes
e surpreendentes,
as lendas e
os mitos foram
o ponto de partida
para os conhecimentos
científicos.
Conhecê-las
é viajar
pelo reino do
folclore com
o passaporte
carimbado pela
embaixada do
sonho e da imaginação.
O
monjolo e o
pilão
O
monjolo
O
habitante do
meio rural procura
morar nas proximidades
do rio, riacho,
lugar onde haja
água.
Se ele é
plantador de
milho terá
uma das mais
prestativas
máquinas:
o monjolo.
Dizem que o
monjolo veio
da China. Mas
ele foi introduzido
no Brasil pelos
portugueses.
Braz Cubas introduziu
o monjolo em
Santos –
São Paulo.
O monjolo trabalha
no Brasil desde
a época
colonial. É
uma máquina
rudimentar,
movida a água,
constando de
duas peças
distintas: o
pilão
e haste.
O pilão
é escavado
na madeira,
com fogo. Depois
é aparelhado
com formão.
A madeira usada
é a peroba,
a canela preta
ou o limoeiro.
Vários
são os
tipos de monjolos:
de martelo,
de roda, de
pé, de
rabo, de pilão
de água.
O monjolo é
o “trabalhador
sem jornal”...
como diziam
antigamente,
sem nenhum ganho.
Os caipiras
diziam: “trabalhar
de graça,
só monjolo”.
O
pilão
No
pilão
coloca-se o
milho, arroz,
café
ou amendoim,
para socar.
A haste do pilão
também
é feita
de uma madeira
dura: maçaranduba,
limoeiro, guatambu,
canela preta
ou peroba. A
haste compõe-se
de duas peças:
a haste propriamente
dita, onde está
escavado o cocho,
a mão
do pilão
e a forqueta,
onde se apóia
a haste, é
chamada de “virgem”.
A água
movimenta o
pilão.
A água,
que chega através
de uma calha,
cai no cocho
e quando este
fica cheio abaixa
com o peso da
água
elevando a haste.
Assim que a
água
escorre a haste
desce pesadamente,
socando o que
esteja no pilão.
Chamam de “inferno”
o poço
que fica sob
o “rabo”
do monjolo...
é um
inferno de água
fira.
Fonte:
www.terrabrasileira.net/.../sd-monjolo.html