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Sob forma de poemas,
lendas, contos,
canções,
provérbios,
crônicas
e poesias muita
coisa da literatura
pode ser considerada
como elemento
importante do
folclore. Justo
também
incluir como manifestação
folclórica
as descrições
de jogos, danças,
desenhos, pinturas
e até de
e-books da era
moderna. É
a melhor forma
da expressão
popular e lúdica
porque mais livre
em textos e contextos.
No dizer de Carlos
Rodrigues Brandão,
"Qualquer
que seja o tipo
de mundo social
onde exista manifestação
de caráter
popular, o folclore
é sempre
uma fala. É
uma linguagem
que o uso torna
coletiva. O folclore
são símbolos.
Através
dele as pessoas
dizem o que querem
dizer."
Assim, o nosso
22 de Agosto é
oficialmente o
Dia do Folclore.
E para comemorarmos
esta data tão
especial, elegemos
um importante
ícone de
nossa tradição
nordestina: A
Literatura de
Cordel.
Wanderlino
Arruda
Entre
o romance e o
folclore
Florestan
Fernandes
Pode-se encarar
as relações
do romance com
o folclore sob
vários
aspectos, desde
o mais elementar
aproveitamento
do material folclórico
como um fator
de realce na observação
direta, até
à possibilidade
de uma estética
que permita um
contato e uma
comunhão
maior entre o
público
e o povo. Mas,
há uma
questão
que afeta qualquer
tentativa, ampla
ou restrita, do
aproveitamento
dêsse material
por parte do romancista:
sua validade e
limites. Sim,
porque é
preciso considerar
que o romancista
faz literatura
e não folclore
e que além
disso os folcloristas
podem também
ter suas idéias
sôbre o
assunto. A questão
coloca-se, pois,
em têrmos
das relações
entre o folclore
e a literatura.
Disse que se deve
considerar também
o ponto de vista
particular do
folclorista. Deve-se,
é claro,
porém,
mais por uma razão
de ordem, que
por uma questão
de precedência.
O folclorista
foi dos últimos
a tratar dos fatos
folclóricos
- lendas, tradições,
mitos, superstições,
crendices, técnicas
de cozimento do
barro, de modelação,
formas de cultivo
da terra, estilos
típicos
de vida etc. -
e quando êle
surgia no Século
XIX tinha diante
de si um trabalho
de notação
tão grande,
que poderia iniciar
o estudo do folclore
indiretamente,
nas grandes obras,
começando
na antiguidade
clássica
no teatro grego
e em Homero, passando
por Vergílio
e Petrônio,
até chegar
a Gil Vicente,
Cervantes, Mistral...
O folclore confundia-se
na literatura,
embora não
houvesse preocupação
alguma em se fazer
arte popular.
É, aliás,
uma sobrevivência
dessa fase muito
extensa a idéia
de que o folclore
constitui uma
parte da literatura.
O aparecimento
dos folcloristas
modificou um pouco
essa visão
das coisas. De
um lado porque
êles distinguiam
o folclore - cujo
têrmo também
criaram - em folclore
subjetivo, em
que se procura
sistematizar e
estudar os elementos
folclóricos,
buscando por aí
atingir uma formulação
científica
e teórica,
sob os auspícios
do positivismo,
e em folclore
objetivo, item
sob que seriam
agrupados todos
os elementos folclóricos,
tôdas as
danças,
as cantigas, as
superstições,
as crendices,
os provérbios,
aquêles
modos de ser e
de agir típicos
de um povo ou
de uma região,
o próprio
conteúdo
do folclore, pois.
Já aí
ficou feita uma
divisão
de trabalho. O
estudo propriamente
dito do material
folclórico
compete ao folclorista,
ou qualquer outro
especialista em
ciências
sociais. O literato,
como tal, nada
tem que ver com
o "folclore
subjetivo".
E, é óbvio,
pouco lhe interessam
as questões
teóricas
e os aspectos
técnicos
do folclore; quando
o romancista,
por exemplo, se
utiliza de material
folclórico,
faz notação
ou faz estilização.
Põe-se
em contato direto
com o fato folclórico
- um personagem
mítico,
como a Iara ou
o Saci - nas esferas
do folclore objetivo
sem nenhuma outra
preocupação.
Os folcloristas
do século
XIX e alguns dêste
século,
entretanto, desvendaram
um novo modo possível
de se encarar
as relações
entre o folclore
e a literatura
- ou, mais precisamente,
de situar um e
outro, partindo
do próprio
conceito de folclore.
O folclore seria
a cultura dos
meios populares,
das camadas baixas
da população
- nas zonas rurais
e urbanas - em
poucas palavras:
a "cultura
dos incultos".
Era, pois, o conjunto
de conhecimentos,
técnicas
e modos de ser
dos iletrados,
transmitido oralmente.
Distinguia-se
da literatura,
cultura dos meios
elevados, dos
letrados e dos
"cultos".
A diferença
entre a literatura
popular e a literatura
erudita é
apresentada como
uma diferença
fundamental, de
natureza: duas
formas culturais
antagônicas
e, em certo sentido
exclusivas. O
burguês
e o homem do povo
- terminologia
de Saintyves e
de Maunier - seriam
a expressão
dêsse antagonismo.
Aquêle vivendo
a idade positiva
contiana, pensando
racional e logicamente
as coisas, capaz
também
de progresso;
enquanto o segundo
revelaria uma
etapa anterior
do desenvolvimento
das sociedades
ocidentais surgindo
como um homem
imobilizado pelo
passado e sufocado
sob o pêso
da tradição,
pensando as coisas
de modo anti-racional
e ilógico.
A diferença
de mentalidades
seria irredutível.
Contudo, ela não
é inata:
o homem herda-a
socialmente, revelando-a
à medida
que traduz o seu
próprio
meio social e
cultural, a sua
"cultura"
- sua literatura
e o seu folclore.
Mas, essa irredutibilidade,
essa diferença
de natureza, abre
um abismo entre
o folclore e a
literatura. Por
isso diante do
artista - romancista
ou poeta - que
se orientasse
por esta concepção,
haveria só
três caminhos
possíveis:
aproveitar o folclore
como fonte de
sugestão.
Aí o tema
folclórico
seria mero ponto
de partida, e
o que se incorporaria
à literatura
seria uma estilização
do fato folclórico,
e não o
próprio
fato folclórico.
A essência,
pois, da literatura,
conservar-se-ia
salva. O romance
"Pedro Malasarte"
do sr. José
Vieira é
um exemplo. Ou
então o
folclore surge
como uma fonte
de argumentos
estranhos, exóticos
e fortes - de
motivos e temas
novos, dando uma
côr ao fundo
do romance, um
ambiente de vida
desconhecido.
O trabalho do
romancista, no
caso, se reduz
a um aproveitamento
superficial dos
fatos folclóricos.
É a notação
rápida
dos "costumes
populares"
dos românticos.
Nunca ultrapassam
os limites do
descritivo e não
há nenhum
esfôrço
no sentido de
entender o homem
sob o ângulo
daqueles elementos
folclóricos.
E, ainda, o terceiro
caminho, que é
a tentativa mais
arrojada: tentar
uma conciliação
entre as duas
culturas, entre
os dois "tipos"
de homem. O tema
folclórico
deixa de ser simples
ponto de partida,
para assumir uma
importância
nova - o artista
acaba atribuindo
uma realidade
essencial do mito,
submetendo-se-lhe
definitivamente.
É a fascinação
do abismo, pois
o artista pode
se despenhar de
uma vez no folclore,
como Mistral,
adotando uma atitude
de participação,
sem que se possa
avaliar até
onde a solução
pode ser aceita
como intermediária.
A finalidade maior
do artista, entretanto,
muitas vêzes
é consciente,
neste caso! A
revelação
essencial e integral
de um povo, dando
uma amostra do
conflito das duas
mentalidades e
um comêço
de síntese.
Parece-me ser
a de Goethe a
tentativa mais
vigorosa, no gênero;
mas êle
já estaria
esquecido se não
ficasse mais próximo
da "cultura",
que da simples
peça de
títeres
que era o "Fausto".
O resultado e
o destino dessas
aventuras é
sempre êsse:
fatalmente o artista
dá maior
ênfase aos
valores de seu
meio restrito,
distanciando-se
dos valores do
povo à
medida que as
duas esferas de
valores também
se distanciam.
Modernamente,
esboça-se
um movimento
que tende ao
aproveitamento
mais profundo
dêsses
valores folclóricos.
De um lado,
liga-se a uma
concepção
mais ampla de
folclore. O
folclore como
uma expressão
das condições
presentes, típicas,
da vida do povo,
envolvendo todo
seu estilo de
vida. Essa concepção
abre uma nova
ponte entre
a literatura
e o folclore
porque, então,
desaparece aquela
imagem do homem
do povo vivendo
imobilizado
pela tradição
e incapaz de
progresso, surgindo
em seu lugar
o ser humano
que êle
é. Ou
seja, a atenção
do artista desloca-se
dos fatos folclóricos
pròpriamente
dita para as
pessoas que
êles caracterizam.
Surge aí
o homem que
interessa à
literatura contemporânea,
revelando em
suas canções,
em suas cantigas
em suas modinhas,
em seus desafios,
em seus ABC,
aquilo que êle
pensa, que êle
crê no
momento e também
o que êle
deseja e o revolta.
Os valores folclóricos
como uma forma,
mesmo de expressão
da história
contemporânea
do povo e também
de sua ideologia
política.
Aí é
possível
encarar o aproveitamento
do material
folclórico
de outra maneira.
Primeiro, em
si mesmo como
documentário;
segundo, como
uma espécie
de pesquisa
de busca da
verdadeira imagem
do "homem
do povo".
É o que
acontece por
exemplo no romance
moderno de um
Jorge Amado
ou de um Cyro
Alegria. A estilização
é relegada
e à notação
segue-se um
trabalho profundo
de compreensão
do homem em
função
de seus valores
típicos.
Os limites entre
a literatura
e o folclore
não só
tornam-se menos
nítidos
e rígidos,
como a literatura
apresenta-se
como uma forma
fecunda de revelação
do folclore.
Cordel
Patativa
de Assaré
Página
da Faculdade
de Comunicação
da Universidade
Federal da Bahia
dedicada ao
poeta, expoente
da literatura
popular e compositor
musical cearense,
Antonio Gonçalves
da Silva, mais
conhecido nacionalmente
por Patativa
de Assaré,
reunindo sua
produção
poética,
musical e discográfica.
Paulo
Matricó
Excelente sítio
do poeta, músico
e compositor
Paulo Matricó,
que desenvolve
a arte de contar
histórias
com o apuro
de métrica
e graciosidade
do repente popular.
Na página
está
toda discografia,
poesias, fotos
e demais informações
deste excelente
artista.
Teatro
de Cordel
Site editado
pelo cordelista,
repentista,
arte-educador,
contador de
histórias
e mestre de
cerimônias,
César
Obeid, onde
pode ser encontrado
material para
apreciação
acerca do cordel
e repente, contações,
oficinas, espaço
do professor,
nas empresas,
entrevistas,
depoimentos,
fotos e agenda.
Cordel
on Line
Sítio/blog
criado pela
escritora Clotilde
Tavares em homenagem
ao 140º
aniversário
do nascimento
de Leandro Gomes
de Barros (1865-1918),
um dos mais
renomados e
famosos poetas
de cordel. Neste
espaço
além
de sextilhas
publicadas por
diversos autores
com temas atuais,
também
se encontra
o manifesto
em defesa da
Literatura de
Cordel.
Poema
de cordel
Página
editada pelo
escritor, poeta,
jornalista e
advogado potiguar
Walter Medeiros,
que foi um dos
fundadores do
jornal O Galo,
da Fundação
José
Augusto, além
de participar
de outras tantas
publicações.
No espaço
está
disponível
“Abelardo,
o alcoólatra”
entre outras
obras, dicas
e links de cordel.
Cordel
Campina
Sítio
editado pela
União
da Juventude
Preservando
a Cultura Popular
Nordestina,
trazendo história,
xilogravuras,
ensaios, dicionário,
entrevistas,
matérias
e eventos.
Cordel
Online
Um blog editado
por Gianote
veiculando o
melhor da Literatura
de Cordel, com
atualizações
periódicas
e de muito bom
gosto.
Cecordel
Sítio
do Centro Cultural
dos Cordelistas
do Nordeste,
presidida pelo
poeta, cordelista
e radialista
Guaipuan Vieira,
trazendo revistas,
informativos,
históricos,
cordéis,
fotos e estudos.
Dicionário
de Folcloristas
Brasileiros
Página
do site do emérito
e saudoso pesquisador
e folclorista
Mário
Souto Maior,
reunindo de
A a Z aqueles
que se destinaram
à pesquisa
do folclore
e cultura brasileiras.
Poesia
de cordel: relações
icônico-textuais
Texto da professora
MS Francisca
Neuma Fechine
Borges, apresentado
no IV Congreso
Latinoamericano
de Ciências
de la Comunicación,
em Recife, onde
destaca as relações
icônico-textuais
(interssêmicas
e intertextuais)
da obra “Donzela
Teodora”
do poeta popular
Leandro Gomes
de Barros.
Poemas
de Cordel
Site editado
pelo escritor,
poeta, jornalista
e advogado Walter
Medeiros, trazendo
diversos folhetos
de cordel, além
de notícias,
artigos, contos,
crônicas
e suplementos.
Academia
Brasileira de
Literatura de
Cordel
Site oficial
da Academia
Brasileira de
Literatura de
Cordel, contendo
além
da diretoria
e membros, informações
sobre poetas,
biografias,
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fotos, jornal,
cordéis
e notícias
variadas sobre
o assunto. Excelente
para admiradores
e consultas
estudantis.
Cordelon
Site do Clube
dos Cordelistas
da Internet,
concebida por
Carlos Cícero
de Lacerda Alencar
como veículo
de informação
da Banda Cabaçal,
divulgando a
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de xilogravuras,
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Cabaçal,
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e tudo sobre
a Literatura
de Cordel e
a cultura folclórica
nordestina.
Poesia
Canudense
Aqui estão
reunidas algumas
poesias relacionadas
à Guerra
de Canudos,
de autores conhecidos,
como Augusto
de Campos, Patativa
do Assaré
e Alberto Pucheu,
como também
textos de autores
desconhecidos
ou historicamente
relacionados
à guerra,
como poetas
do sertão,
violeiros e
cantadores,
além
de outros coletados
do folclore
e em domínio
público.
Uma ótima
coletânea
que aborta o
tema com força
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Jessier
Quirino
Site do poeta
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paraibano Jessier
Quirino, autor
que se mostra
no palco com
causos, cocos,
cantorias e
poesias da nordestinadade
dos grandes
menestréis.
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dados do autor,
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agenda, mural
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Dados
de SOBRE SITES
-Luiz Alberto
Machado http://www.sobresites.com/poesia/cordel.htm
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