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Algumas
manifestações
folclóricas
são de
caráter
nacional e outras,
de caráter
regional.
1- Festas Nacionais
- Duas das mais
importantes manifestações
folclóricas
nacionais são:
o carnaval e as
festas juninas.
2- Festas Regionais
- Nas manifestações
folclóricas
regionais, temos
várias
festas ou comemorações
como : Boi-bumbá
(Amazonas), Maracatu
(Pernambuco),
Farra do Boi (Santa
Catarina)
Festas
em que predomina
o espírito
lúdico.
Realizam-se anualmente,
em diversas regiões
do país,
em datas mais
ou menos fixas.
Algumas delas
têm origem
religiosa, tanto
católica
como de cultos
africanos ou mesmo
do sincretismo
afro-brasileiro.
Essa religiosidade
permanece latente
na maioria dos
casos.( Bumba-meu-boi,
Cavalhadas, Congada,
Fandango, Farra
do boi, Maracatu,
Moçambique,
Touradas, Vaquejadas,
etc)
Danças
religiosas e sagradas,
dramáticas
(encenadas ou
representadas
com algum enredo),
guerreiras, fúnebres,
medicinais, mágicas,
de colheita (após
uma boa colheita,
forma-se um bailado),
festivas e as
puramente recreativas.
Entre as danças
mais conhecidas
e praticadas podemos
citar o cururu,
a catira, a dança
dos congos, dança
do tambor, lundu,
quadrilha, etc.
O
folclore brasileiro
contém
ricas e variadas
danças
encenadas ou representadas
com algum enredo.
-De
origem indígena:
Caboclinhos ou
cabocolinhos /
Caiapós
/ Guerreiros /
Cateretê
e Cururu (em Minas
Gerais, Goiás
e São Paulo,
onde a influência
indígena
foi marcante).
-De
origem africana:
Maracatu / Congo
ou congada / Taieira
/ Quilombo.
-De
origem portuguesa:
Bumba-meu-boi,
principalmente
no Maranhão
e Piauí.
Recebe diversos
nomes, conforme
a região
Boi-bumbá,
Boi-mamão,
Boizinho, Boi
de reis / Folias
de Reis / Cordão
de bichos / Cheganças
e Pastoris (no
Nordeste) / Chimarrita
e Fandango (no
Rio Grande do
Sul).
Cortejo
que sai pelas
ruas de Salvador
desde 1922. Acontece
também
em Fortaleza e
no Riode Janeiro.
Os participantes
cantam em dialetos
africanos, acompanhados
de atabaques,
agogôs e
cabaças.
Por ter origem
religiosa ligada
ao candomblé
é conhecido
como candomblé
de rua. Os desfiles
mais famosos acontecem
durante o Carnaval
da Bahia. O carnaval
baiano tem muitos
blocos e ranchos,
que brincam ao
som de ritmos
afro-brasileiros.
Alguns dos grupos
são: só
afoxés
ou ranchos negros
(Filhos de Gandhi,
Badauê),
e os blocos de
índio e
afro (Olodum,
Apaches do Tororó,
Ileaiê,
Male de Balê,
Olorum Babami).
O principal grupo
de afoxé
é o Filhos
de Gandhi. O desfile
é organizado
em grandes alas
e colunas, com
destaque para
as personalidades
participantes.
"O Afoxé
tem sua origem
nos terreiros
de Candomblé,
em especial os
de "Efan",
nação
dedicada ao culto
de Oxum. Os cantos
e o ritmo consagrado
à Oxum
e Oxalá,
o "Ijexá",
são, em
geral, os mesmos
do terreiro, mas
seus movimentos
são bem
mais discretos
e simplificados."
Dança
popular no Nordeste
do Brasil, o baião
é tocado
por sanfoneiros
em arrastapé.
O primeiro momento
de sucesso da
música
nordestina aconteceu
na virados dos
anos 40 para os
50. O sanfoneiro
Luís Gonzaga,
foi quem difundiu
o baião
a partir de 1946.
Do nordeste, veio
para as capitais
através
dos sanfoneiros.
Além do
ritmo, a sua melodia
é característica
como coco, dança
do Nordeste. É
nessa época
que o sanfoneiro
Luís Gonzaga
passa a ser conhecido
em todo o país
como Rei do Baião.
Contando a dureza
da vida nordestina,
porém com
um balanço
contagiante, lança
uma nova maneira
de dançar.
Ritmo já
conhecido na metade
do século
19, o baião
recebeu um tratamento
urbanizado por
parte de autores
como Luiz Gonzaga,
Humberto Teixeira
e Zé Dantas
e se incorporou
ao repertório
das festas juninas.
Outro compositor
de sucesso é
Zé do Norte,
que em 1950 fica
famoso com a música
Mulher Rendeira.
Luiz Gonzaga e
Humberto Teixeira
cantavam "No
Rio está
tudo mudado, na
noite de São
João, em
vez de tocar rancheira,
o povo só
dança,
só pede
o baião.
Tem-se aí
uma idéia
de que, em tempos
mais antigos,
antes do baião
entrar quase como
uma espécie
de música
apropriada para
os festejos juninos,
outros ritmos
dominavam a festa."
Nessa época,
ritmos carnavalescos,
como o frevo pernambucano,
passam a tocar
em todo o Brasil.
Dança
alagoana, originária
dos Maracatus
Pernambucanos.
O Maracatu Pernambucano
penetrou com tanta
intensidade em
Alagoas que criou
formas alagoanas
dessa manifestação
(cambindas, samba-de-matuto,
negras da costa,
baianas e caboclinhas).
Dançada
em São
Paulo, representa
brincadeira de
crianças.
Figura principal
a Balaia. Movimentos
coreográficos
e arcos semelhantes
à dança
de São
Gonçalo.
O
Balaio faz parte
das danças
do fandango...O
nome da dança
advém
do formato que
as saias das
damas adquirem
em determinado
momento da dança
quando, depois
de girarem em
torno de si,
rapidamente,
abaixam-se.
O ar acumulado
faz com que
elas se avolumem
e se arredondem
tomando a forma
do objeto...A
palavra Balaio,
nesta dança,
como se deduz
pelo sentido
dos versos,
significa cesto,
geralmente de
taquara, embora
o termo tenha
aparecido no
texto de algumas
cantigas e danças
brasileiras
(Lundu, Samba,
Chula, Bumba-meu-boi),
significando
quadris femininos.
Batuque
Dança
das mais expressivas
do Amapá.
"Os Batuqueiros
tocam sentados
em cima de tambores.
Os cantadoressolistas
e os tocadores
de pandeiros ficam
juntos no centro
do salão,
enquanto os dançadores
fazem rápidas
evoluções
sobre si mesmos.
Nome genérico
que se dá
a toda dança
de negros na África.
Dança de
umbigada com sapateado
e palmas, acompanhada
de cantorias ao
som único
da batida de tambores.
No som modernizado,
pode entrar viola
e pandeiro. Há
uma derivação
da dança
transformada com
o nome de batuque-boi,
fingindo luta
entre dois oponentes,
luta esta bastante
parecida com a
tradicional capoeira.
Provavelmente
este este era
o batuque proibido
pela velha sinhá
dentro da antiga
casa-grande, retratada
na velha quadrilha;
Batuque na cozinha
/ Dona sinhá
não qué
/ Por causa do
batuque / Queimei-lhe
o pé!
Tourada,
que foi introduzida
pelos portugueses
na época
do Brasil Colônia.
Ainda é
comum em Mato
Grosso, Goiás
e São Paulo.
A tourada é
uma recreação
popular, festiva,
das zonas pastoris,
e é realizada
num circo ou área
fechada, a arena.
Nesta tourada
brasileira não
se mata o boi.
Boi do Carnaval
Aparece
com bastante freqüência
nos carnavais
em Alagoas e se
constitui em uma
imitação
do boi, feita
com armação
de madeira coberta
com tecidos baratos
ou restos de pano,
que formam o couro
do animal. Sai
pelo meio da rua
acompanhado de
um grupo, em busca
de dinheiro ou
bebida.
Folguedo
- versão
do bumba-meu-boi
(originário
do Maranhão),
chegou ao Norte
(Pará e
Amazonas)com os
migrantes nordestinos
na época
do ciclo da borracha.
Na ilha de Parintins,
a 420 quilômetros
de Manaus, todo
o mês de
junho é
marcado pela disputa
entre dois blocos
folclóricos,
o do boi Garantido
e do boi Caprichoso.Ao
contrário
de outras regiões,
onde existem vários
bois e a brincadeira
não tem
o caráter
de competição,
em Parintins,
os dois bois disputam
qual é
o melhor. O espetáculo
acontece num bumbódromo,
com capacidade
para 35 mil espectadores
e 10 mil brincantes.
Levado para a
Amazônia
por imigrantes
maranhenses que
foram no século
XIX atrás
dos lucros da
borracha, esse
boi ganhou o nome
de boi-bumbá,
sofreu influências
indígenas
e andinas e começou
a sair ao som
da chamada toada
amazônica.
A competição
profissional entre
Caprichoso e Garantido
começou
em 1966, e desde
então só
fez ganhar requintes
de espetáculo
(um desfile parecido
com o das Escolas
de Samba do Rio,
com raio laser
e o som amplificado
de instrumentos
eletrônicos)
que transformou
o Boi de Parintins
na mais famosa
manifestação
folclórica
da região
Norte, patrocinada
por indústrias
de bebidas. Graças
ao desfile amazônico,
o boi pode gerar
em 1996 o seu
primeiro artista
pop: a ex-banda
de forró
Carrapicho, que
foi sucesso no
Brasil e na França
(levado pelo ator
Patrick Bruel)
com a música
Tic Tic Tac. Gravado
por Fafá
de Belém
e pela cantora
de axé
Márcia
Freire, a música
Vermelho (hino
do Garantido,
composto por Chico
da Silva) também
teve grande êxito,
abrindo caminho
para artistas
de Parintins,
como os levantadores
de toada Arlindo
Júnior
e David Assayag.
Um
dos folguedos
mais tradicionais
e populares do
Brasil, tendo
englobado até
vários
reisados, o bumba-meu-boi
é uma espécie
de auto em que
se misturam teatro,
dança,
música
e circo com características
portuguesas, negras
e indígenas.
Da cultura negra,
veio o nome (bumba
é um termo
congolês
que quer dizer
pancada e se refere
à chifrada
do animal), o
ritmo da música
e os personagens
escravos que representam
os vaqueiros.
Para alguns estudiosos,
o "bumba"
vem do som da
zabumba, mas,
para outros, trata-se
de uma interjeição,
que daria à
expressão
sentidos vários
como "Vamos,
meu boi!",
"Agüenta,
meu boi"
ou "Bate,
meu boi!".
Nas fazendas,
os cativos teriam
misturado suas
tradições
africanas (como
a do boi geroa)
a outras européias
dos senhores (como
a tourada espanhola,
as tourinhas portuguesas
e o boeuf gras
francês),
numa celebração
que tematizava
as relações
de poder e uma
certa religiosidade,
sendo, inicialmente,
alvo de grande
repressão.
A figura do boi,
lembra as tourinhas
portuguesas, falsas
touradas em que
bois enfeitados
davam chifradas
em vaqueiros fictícios.
A história
do boi confiado
a um vaqueiro
que acaba matando
o animal – ressuscitado
no final – é
uma alusão
às festas
de ressurreição
animal, comuns
entre os índios
brasileiros. Tradicionalmente
é realizado
no período
das festas juninas
(em alguns lugares
também
no Natal e no
Carnaval). Representação
originada nos
engenhos do Nordeste
(Maranhão),
chegou ao Norte
com os migrantes
nordestinos na
época do
ciclo da borracha.
E disseminada
pelo país,
nos diferentes
estados onde,
suas versões
recebem nomes
como: Boi-bumbá
(Pará e
Amazonas), Bumba-boi,
Boi-de-Pano ,
Boi-de-reis (Nordeste),
Bumba (Recife),
Folguedo do boi,
Reis do boi (Cabo
Frio, RJ), Boi-de-mamão
(litoral de Sta.
Catarina), Boizinho
(Rio Grande do
Sul), Boi de Gameleira
(Maranhão),
Boi Barrão
(Alagoas), Boi-calemba,
Boi-surubi, Boi-surubim.
Em Minas Gerais
o boi ( Boi-de-Manta,
Boi-Janeiro, Boi-Marruê)
tem características
próprias.
Sufocado pelos
avanços
dos meios de comunicação,
o boi fica cada
vez mais restrito
às comunidades
rurais e pesqueiras
que ainda conseguem
preservar suas
tradições.
No entanto, ele
é uma festividade
muito popular
em São
Luís do
Maranhão,
para onde vários
grupos do estado
(alguns fortes,
como o Boi Madre
Deus e o Boi Maracanã)
convergem na época
junina e desfilam
por toda a cidade.
Bailado popular
dramático,
organizado em
cortejo, conta,
dançando
e cantando a vida,
morte e ressurreição
do boi. A história,
com uma ou outra
variação,
começa
com o sumiço
do boi preferido
de um fazendeiro
e do capataz da
fazenda, porque
Catirina, a esposa
grávida
do capataz, deseja
comer a língua
do boi. Os vaqueiros
e índios
vão procurá-los.
O boi está
morto mas o médico
ou o pajé
consegue ressuscitá-lo
e ele volta a
dançar.
No momento do
renascimento do
boi, os personagens
dessa encenação
gritam ''Bumba-meu-Boi".
Na Bahia, o mais
comum é
o boi morrer e
seu corpo ser
dividido. Os personagens
são humanos,
animais e fantásticos
e variam por regiões.
O capataz é
Pai Mateus ou
Pai Chico (negro
Chico), Catirina,
vaqueiros, índios,
médico
(pagé ou
xamã),
Caipora, Cavalo-Marinho
e Maricotas de
Corocó
ou Mutucas. A
dança é
marcada por um
ritmo forte que
anima vários
grupos que representam
com suas fantasias
diversas personagens.
Os personagens
são humanos,
animais e fantásticos
e variam por regiões.
O capataz é
Pai Mateus ou
Pai Chico (negro
Chico), Catirina,
vaqueiros, índios,
médico
(pagé ou
xamã),
Caipora, Cavalo-Marinho
e Maricotas de
Corocó.
Musicalmente,
ele engloba vários
estilos brasileiros,
como os aboios,
canções
pastoris, toadas,
cantigas folclóricas
e repentes, tocados
em instrumentos
típicos
do país,
tanto de percussão
como de cordas.
Nos bois de Guimarães,
ou bois de zabumba,
predomina a influência
africana (os instrumentos
são: zabumba,
maracá,
tambor onça,
tambor de fogo,
tamborinho). Nos
bois da ilha,
ou bois de matraca,
predomina a influência
indígena
(os instrumentos
são: matraca
, maracá,
pandeirão,
tambor onça).
Nos bois de orquestra,
predomina a influência
européia
(usam instrumentos
de sopro como
saxofones, trombones,
clarinetas e pistões,
banjos, bumbos
e taróis
além de
maracás,
etc). A influência
cultural pode
ser percebida
através
das vestimentas,
dança,
coreografia, instrumentos
e rítmo
dos grupos, e
define o chamado
"sotaque
do grupo".
Aparece em alguns
grupos de bumba-meu-boi,
trata-se de um
cavalinho ou burrinho
pequeno, com um
furo no centro
por onde entra
o brincante, a
burrinha fia pendurada
nos ombros dele
por tiras similares
à suspensório.
/ Miolo do Boi-
O boi, figura
central do auto,
geralmente é
feito com uma
armação
de cipó
coberta de chita,
grande o bastante
para que um homem
a vista. A cabeça
que pode ser feita
de papelão
ou com a própria
caveira do animal.
"Escondido
sob a armação
de madeira de
buriti e do couro
primorosamente
bordado com miçangas,
lantejoulas, contas,
pedras e paetês,
há um homem
comum. É
ele - o miolo
- quem dá
vida e graça
ao boi. É
quem dança,
gira, faz peripécias,
move-se com incrível
leveza, foge,
esquiva-se, brilha,
atrai olhares
como um ímã.
Na pele do boi
estão pedreiros,
estivadores, mecânicos,
serventes, carroceiros
movidos a cachaça,
conhaque e até
a guaraná
Jesus, o refrigerante
cor-de-rosa típico
do Maranhão."
Dança
da região
de Ribeirão
Preto (São
Paulo),dançada
por colonos italianos,
no final do século
passado e início
deste. A coreografia
lembra o apanhar
e o abanar do
café. No
final acontece
a homenagem ao
cafeeiro.
Nos
cafezais, após
uma boa colheita,
forma-se um bailado
em que os dançarinos
utilizavam as
peneiras.
Dança
dramática
de origem indígena,
é uma variante
da dança
caboclinhos, com
algumas modificações,
no Sul, São
Paulo, Minas e
Rio. Há
um enredo com
rapto e resgate
de um pequeno
indígena,
além do
abandono dos instrumentos
de sopro, que
são substituídos
por tambores,
caixa, pandeiros
e reco-recos.Herança
dos índios
caiapós
da zona litorânea
paulista. O caiapó
paulista é
uma dança
coletiva.
Dança
cortejo alagoana,
sem enredo ou
drama, na qual
os personagens
trajam-se como
nos reisados e
cantam fazendo
referência
a caboclas, temas
do cotidiano e
temas de amor
acompanhados por
banda de pífanos.
O Maracatu Pernambucano
penetrou com tanta
intensidade em
Alagoas que criou
formas alagoanas
dessa manifestação
(cambindas, samba-de-matuto,
negras da costa,
baianas e caboclinhas).
Grupos
fantasiados de
índios,
percorrem as ruas
do Nordeste na
época do
carnaval, tocando
flautas e pífaros,
batendo flechas
em seus arcos,
dando saltos,
simulando ataques
e defesas. Bailado
primitivo, sem
enredo ou coreografia,
mas lembra a apresentação
feita pelos índios,
aos brancos, de
suas danças.
Antigamente, antes
de começarem
seus desfiles,
esses grupos visitavam
os pátios
das igrejas, prestando
assim uma homenagem
às autoridades
religiosas. No
Sul, São
Paulo, Minas e
Rio, essa modalidade
é chamada
de caiapó.
Variante
do fandango, é
dança popular
em Minas Gerais
e Rio de Janeiro.
Em Minas, o fandango
se "amineirou
e se transformou
no calango, uma
dança em
ritmo quaternário,
comum na região
de Montes Claros
(MG). " O
fandango, nasceu
dança vigorosa
de tropeiros que
o aprenderam no
extremo sul do
país, com
seus colegas uruguaios.
Sofreu modificações
nas diversas regiões
onde chegou e
ainda é
cultivado em alguns
núcleos
por todo o país,
como no litoral
paranaense. Resultante
da mistura da
música
dos brancos da
roça com
a dos negros escravos,
o calango firmou-se
especialmente
no Rio de Janeiro
rural e em Minas
Gerais. Martinho
da Vila, fluminense
de Duas Barras,
compôs e
gravou alguns
bons calangos,
puxados na viola
e com instrumentos
percussivos.
Dança-cortejo,
alagoana, sem
enredo ou drama,
na qual as cantigas
dançadas
fazem referências
a assuntos do
cotidiano e santos
católicos.
Embora cultuem
São Benedito,
nos cânticos
não há
a menor referência
a seu nome, nem
o grupo possui
ligações
com as religiões
afro-brasileiras.O
Maracatu Pernambucano
penetrou com tanta
intensidade em
Alagoas que criou
formas alagoanas
dessa manifestação
(cambindas, samba-de-matuto,
negras da costa,
baianas e caboclinhas).
Cana
Verde ou Cana-Verde
de Passagem
Bailado
de origem portuguesa
muito comum nas
regiões
centro e sul do
Brasil. Apesar
de ser um outro
tipo de dança,
tem marcações
nitidamente inspiradas
na quadrilha,
como o fandango.
(Globinho Pesquisa,
texto de Domingos
Demasi). "Na
cana verde,variante
do fandango, os
homens batem os
pés apenas
para firmar o
compasso, declarando-
se em quadrinhos
para as mulheres,
ao mesmo tempo
que improvisam
versas sobre qualquer
acontecimento.
"O minha
caninha verde,
/ Ó minha
verde caninha.
/ Eu não
vou na tua casa
/ pra você
não vir
na minha."
Dança
de origem portuguesa
que criou suas
principais raízes
no Ceará.
Capoeira
Jogo
atlético
onde se misturam
a dança,
a luta e a música,
enquanto os participantes
contam histórias
dos antigos mestres.
Trazida pelos
negros de Angola,
possui vários
golpes: rabo-de-arraia,
rasteira, tesoura,
etc. Possui um
instrumento principal
– o berimbau –
e outros como
o pandeiro e o
ganzá.
Em círculo
ou fileira, os
participantes
cantam e batem
palmas ou tocam
algum instrumento.
No centro os dois
lutadores. É
praticada sobretudo
em Salvador, Recife
e Rio de Janeiro.
Dança
ritual de origem
negra, para atenuar
o banzo (saudade
da terra natal),
com o tempo sofreu
também
influência
indígena.
Dançada
no Pará
e Amapá.
Seguindo o ritmo
determinado pelo
cantador, os pares,
dançam
separados sem
jamais se tocar,
demonstrando assim
habilidade e sincronia.
Carimbó
é também
o nome do tambor,
o principal instrumento
deste ritual (feito
de um tronco de
árvore
e forrado, quase
sempre, com couro
de veado).
Dança
de nome e origem
indígena,
é uma espécie
de sapateado brasileiro
executado com
"batepé"
ao som de palmas
e violas. Antes
era uma dança
mais restrita
aos homens, mas
atualmente é
praticado também
só por
mulheres ou acompanhadas
pelos homens.
Também
conhecido como
Cateretê
é conhecido
e praticado, largamente,
no interior do
Brasil, especialmente
em Minas Gerais,
São Paulo,
Goiás e,
também,
em menor escala
no nordeste. A
dança da
Catira está
sempre presente
nas manifestações
culturais como
a Folia de Reis
e a Festa do Divino.
"Não
se pode falar
em música
junina sem uma
lembrança
do cateretê
ou catira, ritmo
em que se mesclam
origens índias
e brancas e uma
das poucas reminiscências
culturais que
ficaram da catequização
cristã
sobre os índios
brasileiros. Diz
a História
que o Padre José
de Anchieta já
a utilizava na
festa de Santa
Cruz mas a sua
aceitação
nos folguedos
de junho nos permite
dizer que, já
no século
17, ela deve ter
se integrado às
festas juninas,
permanecendo até
hoje." "O
catira ou cateretê
surgiu de uma
dança indígena,
o caateretê,
também
adotada nos cultos
católicos
dos primórdios
da colonização.
As bases mais
sólidas
de seu reino se
estabeleceram
em São
Paulo e Minas
Gerais. Com solos
de viola e coro,
acompanhados de
sapateado e palmeado,
ele começa
com uma moda de
viola, entremeada
por solos, e evolui
para uma coreografia
simples mas bastante
rítmica.
O clímax,
no final, é
o "recortado",
com viola, coro,
palmeados, sapateados
e muita animação.
O catira é
o coração
de festas populares
como as Folias
de Reis e as de
São Gonçalo,
hoje particularmente
expressivas no
interior mineiro.
Entre grandes
catireiros estão
Tonico e Tinoco
(o primeiro, morto
em 1994), que
registraram incontáveis
sucessos nos anos
40 e 50. Atualmente,
entre os novos-caipiras,
o mineiro Chico
Lobo é
violeiro-cantador
que domina essa
velha arte."
Esse
folguedo, representa
a luta entre mouros
e cristãos.
São doze
cavaleiros mouros
(de vermelho),
no lado do sol
nascente e doze
cavaleiros cristãos
(de azul, a cor
do cristianismo),
no lado do sol
poente No final
da longa batalha,
vencem os cristãos
que ainda conseguem
converter os mouros
ao cristianismo.
Trata-se de uma
tradição
praticada em várias
regiões
do Brasil, porém
com diferenças
marcantes de uma
região
para outra. A
sua realização
está ligada
à Festa
do Divino Espírito
Santo, uma festa
na qual predomina
o agradecimento,
a alegria, daí
os grandes e populares
divertimentos
que variam em
cada região:
cavalhada, tourada,
bailados da congada,
do Moçambique,
cururu, catira
e fandango. Em
Alagoas, dois
times correm a
cavalo, por uma
arena longitudinal,
tendo no centro
uma linha com
uma argola, que
tem de ser retirada
pelo cavaleiro,
com uso de uma
lança.
Em cada corrida
vitoriosa, o cavaleiro
recebe um prêmio
(quase sempre,
um corte de tecido),
que é oferecido
a uma dama escolhida
pelo cavaleiro.
O time vencedor
é aquele,
que no final da
corrida, teve
mais vitórias.
Caxambu
Dança
de origem africana.
Uma forma de samba
de roda. De coreografia
simples e improvisada.
De ritmo forte,
rápido
e vigoroso. O
tambor de madeira
com uma pele esticada
chama-se caxambu.
Auto
alagoano de temática
marítima,
versando temas
vinculados à
vida do mar, tempestades,
brigas entre marujos
e as lutas entre
cristãos
e mouros (seguidores
de Maomé).
Dança
do fandango gaúcho,
muito famosa e
formosa, de origem
açoriana.
Além do
Rio Gde do Sul,
é dançada
e cantada em São
Paulo e Paraná,
ao som de "harmônica".
Dança característica
do final do século
passado, era dançada
por filhos de
fazendeiros nos
salões,
que ainda resiste
no Rio Grande
do Sul. Dois dançarinos,
colocam-se nos
extremos de uma
grande vara. Um
deles, inicia
executando uma
coreografia agitada,
muito rápida,
de passos quase
frenéticos,
com movimentos
semi-acrobáticos,
toda sapateada
e taconeada, único
som essencial
que marca o compasso.
O ruído
das grandes rosetas,
nas esporas, completa
o som. Na sua
vez, o outro participante
terá que
repetir todos
os passos do primeiro
e, naturalmente,
acrescentará
a sua coreografia,
cada vez mais
difícil
e rebuscada. Perderá
a chula o dançarino
que não
conseguir reproduzir
os elaborados
e frenéticos
passos do seu
oponente. A chula
cantada é
praticada mais
no Nordeste, acompanhada
de violão,
nada tendo dos
movimentos da
sua irmão
do Sul. Pelo contrário,
é melodicamente
buliçosa,
profana e maliciosa.
É controversa
e confusa sua
origem, sendo
certo que a sua
estrutura, os
pés batendo
sempre, originou-se
do bailado da
pisa das
Coco,
Coco-de-roda,
Coco-de-sertão,
Coco-de-praia,
Coco-de-Zambê,
Zambelô,
Zambê, Bingolé,
Catolé,
Desafio
"Dança
de umbigada, tradicional
do Nordeste e
do Norte, cuja
origem é
discutida: há
quem acredite
que tenha vindo
da África
com os escravos,
e há quem
defenda ser ela
o resultado do
encontro entre
as culturas negra
e índia.
Apesar de mais
freqüente
no litoral, o
coco teria surgido
no interior, provavelmente
no Quilombo dos
Palmares, a partir
do ritmo em que
os cocos eram
quebrados para
a retirada da
amêndoa.
A sua forma musical
é cantada,
com acompanhamento
de um ganzá
ou pandeiro e
da batida dos
pés. Também
conhecido como
samba, pagode
ou zambê
(quando é
tocado no tambor
de mesmo nome),
o coco originalmente
se dá em
uma roda de dançadores
e tocadores, que
giram e batem
palmas. A música
começa
com o tirador
de coco (ou coqueiro),
que puxa os versos,
respondidos em
seguida pelo coro.
A forma é
de estrofe-refrão,
em compassos 2/4
ou 4/4. Muitas
são as
variações
do coco espalhadas
pelo Nordeste:
agalopado, bingolé,
catolé,
de roda (um dos
mais primitivos),
de praia, de zambê,
de sertão,
desafio, entre
outros. Muitos
deles caíram
em desuso, por
causa das influências
culturais urbanas
e da repressão
das autoridades
(há um
grau de erotismo
embutido nas danças),
mas ainda são
praticados nas
festas juninas.
Um dos cocos mais
populares é
o de embolada,
que se caracteriza
pelas curtas frases
melódias
repetidas várias
vezes em cadência
acelerada, com
textos satíricos
(quase sempre
improvisados,
em clima de desafio)
onde o que importa
é não
perder a rima.
Dança popular
nordestina, principalmente
em Alagoas.Tem
muitas variações.
Dançada
em roda, com um
tirador nomeio
puxando um refrão
e a roda respondendo.
A coreografia
é variada
e sempre acompanhada
de palmas e passos
ritmados, tanto
do círculo
como do tirador.
Este cede a vez
para outro, fazendo
uma vênia
a outro participante
que passa a ser,
então,
o novo tirador.
Os instrumentos
musicais são
todos de percursão,
como bumbo, pandeiro,
cuícas
e ganzás.
Na falta deles,
bate-se o ritmo
em mesas ou caixas
improvisadas.
Segundo a tradição,
a dança
vem dos negros
dos Palmares,
empenhados durante
o dia na faina
de quebrar cocos
para alimentação.
Além da
origem negra,
é visível
a influência
indígena
no bailado, principalmente
dos tupis que
habitavam a costa.
Apesar de sua
origem, o coco
chegou a ser dançado,
em outras épocas,
nos salões
da alta sociedade
de Alagoas e Paraíba.
Congada
(região
Sul) ou Cucumby
(Bahia)
Desfiles
de negros, no
dia de São
Benedito (26 de
dezembro). É
um auto de origem
africana que adapta
a coroação
dos reis do Congo
aos moldes da
monarquia portuguesa.
São danças
e cantos originários
da África
e da península
Ibérica.
A presença
deste bailado
popular é
assinalado no
Brasil-colônia,
no tempo dos vice-reis,
do Ceará
ao Rio Gde do
Sul. A congada
foi usada pelos
jesuítas
na obra de conversão
- a catequese.
No passado, a
congada tinha
a função
de sublimar o
instinto guerreiro
do negro, criando
uma luta irreal
de cristãos
e pagãos
(mouros). A congada
é a canção
épica da
catequese em terras
brasileiras. Espalhou-se
por todo o Brasil,
sofrendo adaptações
e diferenciações
em cada estado.
As congadas mais
conhecidas são
as de Lapa (PR),
as de alguns municípios
de Santa Catarina
e as das antigas
regiões
de ouro em Minas
Gerais. Na Paraíba,
descendentes de
escravos fazem
congadas em homenagem
à padroeira
dos negros, Nossa
Sra do Rosário,
na primeira semana
de outubro. Essa
dança também
costuma ser praticada
no mês de
julho, na festa
de Nossa Sra do
Rosário,
que acontece junto
com a festa do
Divino Espírito
Santo, tradição
que vem da época
dos escravos.
Mas em várias
cidades do país,
a festa é
comemorada também
no dia 13 de maio
em honra de Nossa
Senhora, São
Benedito e à
Lei Áurea.
Os Congos são
compostos na sua
maioria por homens,
apenas a Rainha
é uma mulher,
para ingressar
nesta brincadeira
há duas
maneiras, uma
de livre escolha
e a outra a mais
comum é
a forma de pagar
uma promessa ,
que na maioria
das vezes é
feita para Nossa
Senhora do Rosário.
A influência
Européia
em uma manifestação
,que inicialmente
era só
de negros , pode
ser evidenciada
nas solenidades
que ocorrem nas
Igrejas, e principalmente
o padrão
de Império:Composição
da Côrte,
trajes dos soberanos,comprimentos
aos Reis, espada
e cetro.Primeiro
há ensaios,
e no dia da festa
os "brincantes"
como são
chamados os participante,
reunen-se na casa
do Mestre,ou de
um outro brincante,
onde o figurino
está guardado,vestindo-se
saem pelas ruas
. Nas marchas
em cortejo e nas
batalhas de espadas(ou
jogo de espadas,
também
chamado de esquilânio)
sempre acompanhados
por uma músicos(
com Pífanos,
violão,zabumba,caixa,
ou outro instrumento
percursivo..A
dança obedece
a quatro passos
obrigatórios
e únicos:
dança de
lado, dança
de frente, ginga
e corta tesoura.
As musicas podem
sofrer mudanças
e os personagens
e as vestimentas
(cores e apetrechos)
podem variar conforme
a região.
Dança
do interior de
São Paulo,
onde a influência
indígena
foi marcante,
é dançada
também
em Minas Gerais,
Mato Grosso e
Goiás,
pois ganhou mais
força na
região
Centro-Oeste.
Dela, somente
os homens participam.
Eles tocam viola
de cocho, típico
instrumento mato-grossense,
e reverenciam
os santos com
rimas e sapateados.
/ "Cururu,
veio de curuzu
ou curu, que era
como os índios
tentavam dizer
cruz... "Catequistas
se moviam / pra
provar o seu amor
/ aos nativos
que temiam / o
estranho invasor
/ mas ouvindo
o som mavioso
/ de uma viola
a soluçar
/ o selvagem,
cauteloso, / espreitava,
a escutar. (Assim
Nasceu o Cururu,
Cap. Furtado e
Laureano) "
O cururu nasceu,
pois, dos cantos
religiosos marcados
por batidas de
pé. Das
festas ao redor
dos oratórios
ganhou os terreiros,
nos acontecimentos
sociais das fazendas
e vilas. Nos anos
30, Mário
de Andrade viajou
pelo interior
paulista, nas
suas pesquisas,
e observou que
no médio-Tietê
cururu era desafio
improvisado, uma
espécie
de "combate
poético"
entre violeiros-cantadores,
iniciado com saudações
aos santos. Dessa
forma ele ainda
resiste em cidades
como Piracicaba,
Sorocaba, Tietê,
Conchas e Itapetininga
– a chamada região
cururueira do
estado. Entre
os cururueiros
mais famosos do
disco estão
os irmãos
Vieira e Vieirinha,
de Itajobi, SP,
que brilharam
nos anos 50"
...A tradição
do cururu, que
também
existe nos estados
do Mato Grosso,
Goiás e
até na
Amazônia,
manteve o seu
berço no
interior paulista,
que é onde
viveram e vivem
seus grandes nomes...
A viola é
a companheira
ideal do cururu,
que diferentemente
do repente nordestino,
tem função
melódica
e pode também
ter acompanhamento
de pandeiro e
reco-reco..."
Dança-de-fitas,
Pau-de-Fitas
Dança
tradicional da
região
Sul, de origem
portuguesa e espanhola,
é a que
mais anima as
festas sulistas.
Resultou de uma
brincadeira com
fitas presas às
árvores.
Tem como desenhos
coreográficos
a Trama, Trança
e Rede do Pescador.
Casais vestidos
com roupas caipiras
bailam cruzando
fitas coloridas
presas a um mastro.
A dança,
presente em vários
outros países
da América
Latina, era comum
antigamente nas
comemorações
do início
da primavera.
• Dança
de São
Gonçalo
- São varios
os nomes dados
ao culto de São
Gonçalo
pelo Brasil: Romaria
de São
Gonçalo,Voltas
a São Gonçalo,Terço
de São
Gonçalo,
Dança de
São Gonçalo,
Reza de São
Gonçalo,
Festa de São
Gonçalo,
Trocado para São
Gonçalo,
Roda de São
Gonçalo.
A festa se dá
na maioria das
vezes, porque
uma pessoa faz
uma promessa e,
em agradecimento
a graça
alcançada,
convida amigos,
vizinhos, parentes
e músicos
(violeiros), para
realizar a dança.
Em alguns locais
a dança
é realizada
em áreas
abertas localizadas
pertos das casas
(terreiro), dentro
de casas ou em
capelas. Sempre
com um altar armado
para o santo.
A dança
acontece seguindo
alguns padrões
de respeito obrigatórios.
Só se pode
dançar
de frente para
o santo, mesmo
saindo da dança
nunca ficar de
costas para o
santo. Evitar
conversas, risos
e demais barulhos.
Deve-se cumprimentar
o santo ao sair
da dança,
fazer um sapateado
e beijar o santo,
o altar ou as
fitas que enfeitam
o seu altar.Os
violeiros ficam
entre duas filas
de dançarinos,
uma de homens
e outra de mulheres,
lado a lado (a
maneira desta
organização
pode variar, dependendo
da Região
do Brasil.). Padroeiro
dos violeiros,
atribuindo ao
passado do Santo,
espírito
folgazão,
a sua imagem é
apresentada tocando
viola. Santo casamenteiro,
por excelência,
não deixa
de ouvir as preces
dos que sofrem.
http://www.jangadabrasil.com.br/janeiro17/fe17010b.htm
/ Leia mais
em : A
Os
fandangos são
cerca de trinta
danças
rurais regionais,
divididas em dois
grupos: as batidas,
exclusivas para
homens, marcadas
por sapateado
forte e barulhento;
e as valsadas,
ou bailadas, nas
quais os casais
arrastam os pés
no chão.
No Sul, é
festa típica
dos pescadores
e caboclos do
litoral paranaense.
É um auto
denominado Marujada
no Norte e no
Nordeste - no
período
do Natal, personagens
vestidos de marinheiros
cantam e dançam
ao som de instrumentos
de corda. É
denominado Barca,
na Paraíba
- mouros atacam
uma nau, são
dominados e, finalmente,
batizados. No
Rio Grande do
Suil, Santa Catarina,
Paraná,
São Paulo,
é baile,
festa, função
onde executam
várias
danças
regionais. Apesar
de ser um outro
tipo de dança
o fandango do
Rio Grande do
Sul tem marcações
nitidamente inspiradas
na quadrilha.
(Almanaque Abril,
1995) / "O
fandango deve
ter sido o primeiro
ritmo a se incorporar
e integrar às
festas de São
João no
Brasil, como também
ser elemento fundamental
da chamada Dança
de São
Gonçalo,
comum no Norte
de Minas, às
margens do São
Francisco. Em
Minas, o fandango
se "amineirou
e se transformou
no calango, uma
dança em
ritmo quaternário,
comum na região
de Montes Claros.
Em São
Paulo e Paraná,
uma variante do
fandango é
o "Serra
Baile" .
Outra variante
do fandango é
a cana verde.
..." "As
evoluções
melódicas
do fandango, com
suas composições
em estrofes de
quadratura musical
cantada, revelam
sua origem estrangeira.
O fandango é
de origem espanhola
e aqui no Brasil
misturou-se à
cultura indígena.
Tanto a música
quanto a letra,
são improvisadas
pelos “tocadores”
e “cantadores”
numa atitude mujito
próxima
dos repentistas
nordestinos. Introduzido
no Brasil e adaptado
aos seus gestos
e características,
difundiu-se largamente,
com nome e formas
diversas em cada
região.
Tornou-se mais
apreciada no nordeste
e nos Estados
do Rio Grande
do Sul, Paraná,
Santa Catarina,
São Paulo.
É enorme
a variedade de
danças
de Fandango, nas
diversas regiões:
anubalaio, bambaquerê,
calango, candeeiro,
chimarrita, cortada,
meicanha, pego-fogo,
puxado, recortada,
retorcida, sabão,
serrana, tatutirana
e outros."
http://www.mundocaipira.com.br/folclore/consulta.asp
// " ...nessas
danças
se nota não
só os sapateados
dos antigos povoadores
da província,
de origem portuguesa,
como também
certos meneios
e passados de
mão entre
a dama e o cavalheiro
na meia-canha
e no pericon,
acontecendo que
muitas delas têm
nomes indígenas.
Eram estas danças
variadas e tomando
as denominações
de – tirana, anu,
tatu, cará,
feliz-amor, balaio,
xará, chimarrita,
chico, ribada,
serra-baile, galinha-morta,
quero-mana, serrana,
dandão,
sabão,
bambaquerê,
pinheiro, pagará,
pega-fogo, recortada,
retorcida e outras...."
(Cancioneiro Guasca,
J. Simões
L. Neto) . A dança
em si é
bastante diversa,
segundo o local
e a tradição.
Em São
Paulo, litoral
sul, o fandango
tem duas variações
distintas: o rufado
e o bailado, sendo
o rufado dançado
com o bater dos
pés e o
bailado apenas
valsado, ainda
que a liberdade
que existe nessa
dança permita
também
um grupo misto
com a união
do rufado-bailado.
No Rio Grande
do Sul, por exemplo,
o fandango pode
ser dançado
apenas por um
par."
Fonte
principal: Almanaque
Abril
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