Superstições

 

Quem é que nunca entrou em um casa ou em algum lugar com o pé direito ou não bateu na madeira para isolar o azar? Algumas supertições já fazem parte do dia-a-dia das pessoas, pelo menos de grande parte delas. Elas participam da própria vivencia humana e não há lugar no mundo sem sua inevitável presença. Onde se originaram as superstições e por que as pessoas são tão influenciadas por elas? Resultam normalmente do vestígio de cultos desaparecidos ou da deturpação ou acomodação psicológica de elementos religiosos, condicionados ao tempo e à mentalidade popular.

Em todo o mundo, as superstições variam conforme a época, local, cultura e hábito de vida. Superstições mais comuns: medo de gato preto, não deixar um calçado com o solado virado para cima, não passar debaixo de escada, não vestir roupa pelo avesso, não subir degraus começando com o pé esquerdo. São centenas de gestos ou atos instintivos subordinados à mecânica do hábito, sempre de caráter defensivo ou na tentativa de evitar um mal maior.

As superstições podem dar-se por pensamento (Fazer três pedidos quando se vê uma estrela cadente); por palavras (dizer ISOLA! - quando alguém se referir a um malefício acontecido a outra pessoa); e por atos (levantar da cama com o pé direito para que o dia seja benéfico).

Não se deve confundir superstição com crendice. Acreditar almas penadas, fantasmas, bruxas... não é superstição, é crendice. Superstição é, dependendo de circunstâncias, atribuir poderes maléficos ou benéficos a certos fatos, ou criaturas, animais ou coisas.

Da superstição é que vem o apelo a talismãs, amuletos, esconjuros, orações, benzeduras, tudo para defender do azar ou mau-olhado. Para evitar um azar, é importante bater na madeira ou fazer figa com a mão. Legítima defesa? Quem sabe!

Wanderlino Arruda